Predisposição à mudança de hábitos: tomada de decisão baseada em dados de saúde.

Desde sua fundação em 2018, a Suridata tem se dedicado a tornar a saúde suplementar mais acessível e eficiente para todos. Uma parte fundamental dessa missão envolve a compreensão da predisposição das pessoas à mudança de hábitos e na tomada de decisão baseada em dados de saúde.

Através do mapeamento de saúde (clique aqui e saiba mais sobre o mapeamento), a Suridata coletou dados para analisar o comportamento de dois grupos distintos: a amostragem geral e a amostragem de pacientes crônicos. A seguir, exploraremos as tendências e descobriremos o que esses dados podem revelar sobre o desejo de mudança na saúde da população.

O que são pacientes crônicos?

Antes de nos aprofundarmos nas análises dos dados, é fundamental entender o que caracteriza pacientes crônicos. São indivíduos que enfrentam condições de saúde persistentes e muitas vezes debilitantes, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e outras.

Um estudo da Revista de Saúde Pública, com propósito de examinar a conexão entre saúde e mudança de hábitos, mostra que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são uma preocupação global, sendo responsáveis por cerca de 70% das mortes no mundo, resultando em aproximadamente 38 milhões de óbitos a cada ano.

O aumento dessas doenças está ligado aos principais fatores de risco, como tabagismo, falta de atividade física, consumo excessivo de álcool e dietas pouco saudáveis. Além de afetar indivíduos e comunidades, as DCNT sobrecarregam os sistemas de saúde, especialmente em países de baixa e média renda, onde a vulnerabilidade, exposição aos riscos e acesso limitado aos serviços de saúde são mais pronunciados.

Os custos socioeconômicos estimados em US$ 7 trilhões destacam a necessidade urgente de redução global das DCNT para promover o desenvolvimento sustentável. Compromissos internacionais, como as metas da OMS para 2025, buscam combater essa epidemia, concentrando-se na prevenção, redução de fatores de risco e acesso a tratamentos.

No cenário brasileiro, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 revelou que 45% da população adulta possui pelo menos uma DCNT. Isso destaca a relevância de estudar fatores como sexo, escolaridade e posse de plano de saúde na utilização de serviços de saúde por essa população. Por isso, essa análise é crucial para informar políticas públicas e estratégias de saúde mais eficazes.

Você pensa em mudar seus hábitos?

O modelo transteórico, desenvolvido por Prochaska e DiClemente, descreve o processo de mudança de comportamento em estágios distintos. Essa teoria sugere que as pessoas atravessam diversas fases ao tentar adotar novos hábitos ou abandonar comportamentos indesejados. Essas fases incluem:

  1. Pré-contemplação: Quando a pessoa não está ciente do problema.
  2. Contemplação: Quando a pessoa reconhece o problema.
  3. Preparação: Quando a pessoa se prepara para a mudança.
  4. Ação: Quando a pessoa efetivamente inicia a mudança.
  5. Manutenção: Quando a pessoa mantém o novo comportamento.
  6. Recaída: Quando a pessoa retorna a comportamentos antigos.

Dessa forma, compreender em qual estágio uma pessoa se encontra é essencial para adaptar estratégias de apoio e intervenções de maneira mais eficaz, facilitando a transição para comportamentos mais saudáveis.

Hábitos Elegíveis para Mudança

Ao analisar os dados fornecidos pelo mapeamento de saúde sobre a pré-disposição à mudança na população que contempla a amostragem geral, formada por 4.037 pessoas, 47,6% dos participantes respondeu afirmativamente, indicando uma disposição para fazer mudanças em seus hábitos de saúde.

No segundo grupo com 1.830 pacientes crônicos, esse número sobe para 50,9% dos participantes que afirmam pensar em mudar seus hábitos.

Observando o gráfico, três hábitos destacam-se pela alta predisposição à mudança e desempenham papéis fundamentais na prevenção de doenças e promoção da saúde:

1. Atividade Física

Predisposição à Mudança:72% da amostragem geral e 75% da amostragem de pacientes crônicos expressaram a intenção de mudar seus hábitos relacionados à atividade física.

A prática regular de atividade física é essencial para a prevenção de uma série de doenças, incluindo doenças cardíacas, diabetes e obesidade. Além disso, contribui para a melhoria da saúde mental, fortalecimento muscular e manutenção de um peso saudável. A predisposição a mudar nesse aspecto é crucial para promover um estilo de vida ativo, reduzindo riscos associados a condições crônicas.

2. Hábitos Alimentares

Predisposição à Mudança: 67% da amostragem geral e 69% da amostragem de pacientes crônicos consideram mudanças nos hábitos alimentares.

Uma alimentação saudável desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças crônicas, destacando-se condições como diabetes tipo 2 e hipertensão. Escolhas alimentares equilibradas não apenas fornecem os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, mas também fortalecem o sistema imunológico e auxiliam no controle de peso. A disposição para modificar hábitos alimentares é crucial na promoção de uma dieta balanceada, sendo uma medida preventiva essencial para evitar complicações de saúde a longo prazo.

3. Controle de Peso

Predisposição à Mudança: 53% da amostragem geral e 58% da amostragem de pacientes crônicos demonstraram disposição para mudar seus hábitos em relação ao controle de peso.

Manter um peso saudável está intrinsecamente vinculado à prevenção de diversas condições de saúde, tais como doenças cardiovasculares, diabetes e problemas articulares. Além disso, o adequado controle de peso não apenas contribui para a melhoria da qualidade de vida, mas também reduz significativamente o risco de complicações de saúde a longo prazo. A predisposição a realizar mudanças nesse aspecto é crucial para prevenir doenças relacionadas ao peso e promover um estado global de saúde otimizado.

Mudanças de Hábitos: Um Sinal de Crescente Interesse na Saúde

Através da análise dos dados coletados por meio do mapeamento, torna-se evidente que uma parcela significativa da população está disposta a fazer mudanças em seus hábitos para melhorar a saúde. Esta descoberta é uma excelente notícia, indicando um crescente interesse na promoção de um estilo de vida mais saudável.

Esses dados são cruciais, destacando a importância da promoção de um estilo de vida saudável tanto para a população em geral quanto para os pacientes crônicos. Este cenário reforça o compromisso da Suridata em fornecer soluções que não apenas gerenciem custos, mas também melhorem a saúde dos colaboradores das empresas.

Estratégias Adaptáveis para uma População mais Saudável

Como mencionado anteriormente, um aspecto fundamental a considerar são as etapas do modelo transteórico. Idealmente, as empresas devem planejar ações com base nas necessidades e na fase de mudança em que a população se encontra. Essa abordagem aumenta a probabilidade de adesão e sucesso nas ações de promoção de saúde.

Por exemplo, se o mapeamento revela que uma parte significativa da população é composta por tabagistas, mas que eles não estão predispostos a parar de fumar, a estratégia inicial pode ser focar na conscientização sobre os riscos do tabagismo. À medida que a população progride nas fases de mudança, as ações podem evoluir para estratégias de apoio à cessação do tabagismo. É essencial lembrar que a saúde é uma busca contínua, e cada pequena mudança de hábito pode ter um impacto positivo na qualidade de vida,  bem como no controle da sinistralidade.

A Suridata está comprometida em continuar promovendo a conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis. Além disso, estamos empenhados em oferecer soluções inovadoras que auxiliem as pessoas em suas jornadas de bem-estar. Com base em dados sólidos, as empresas podem desenvolver ações de promoção de saúde mais eficazes, visando uma população mais saudável e resiliente.

Nota: Os dados apresentados neste artigo, contemplando saúde e mudança de hábitos, são baseados nos resultados do Mapeamento de Saúde da Suridata e representam uma análise estatística. Os resultados podem variar de acordo com a amostra e o contexto.

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