Câncer: a segunda doença com maior mortalidade no mundo

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No Brasil a estimativa é de 625 mil casos anuais, com número de mortes chegando a 230 mil devido à doença.

 

O último relatório da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) apontou uma incidência aproximada de 19 milhões de casos de câncer em todo o mundo. Através da análise de dados de 2020, também sinalizou a ocorrência de 10 milhões de mortes naquele ano.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo. Dentre os principais tipos estão os tumores malignos de pulmão, mama, colorretal e próstata.

Estratégias como conscientização acerca dos fatores de risco, diagnóstico precoce, rastreamento e tratamento oportuno devem ser estimuladas para que haja redução da mortalidade por essa doença. 

 

Dados estatísticos sobre câncer

No mundo, de acordo com dados da IARC:

  • O câncer mata cerca de 10 milhões de pessoas por ano;
  • Cerca de 70% das mortes são em pessoas com mais de 75 anos;
  • Até 3,7 milhões de vidas poderiam ser salvas a cada ano por meio de estratégias apropriadas de prevenção, diagnóstico e tratamento adequados;
  • Em homens, os três tipos de tumores malignos mais incidentes são: pulmão, próstata e colorretal. Já quanto à mortalidade, pulmão, fígado e colorretal dividem as maiores taxas;
  • Para as mulheres, as maiores incidências e mortalidade estão relacionadas ao câncer de mama, colorretal e pulmão. Em quarto lugar está o câncer de colo de útero;

 

Cenário no Brasil, segundo os últimos dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA):

  • São esperados, por ano, 625 mil novos casos e 230 mil mortes devido à doença;
  • Para os homens brasileiros, o câncer mais incidente é o de próstata. E os mais letais são: tumor maligno da traqueia (13,8% de mortalidade) e próstata (13,1%);
  • Quanto às mulheres, a tendência mundial também se mantém. O câncer de mama apresenta a maior incidência e a maior mortalidade (16,4%);

 

Fatores de risco

O câncer é caracterizado pelo crescimento anormal de células. É considerado tumor maligno devido à maior velocidade de crescimento e alta capacidade invasiva de outros tecidos.

Essas alterações celulares são resultados da interação entre fatores genéticos e agentes externos. Segundo a OMS, os principais fatores de risco para o câncer são:

  • Envelhecimento, pois à medida que os anos passam os mecanismos de reparação celular se tornam menos eficazes;
  • Contato com agentes físicos, como radiação ultravioleta e ionizante;
  • Uso de substâncias químicas cancerígenas, como o amianto, componentes do fumo do tabaco, aflatoxina (um contaminante alimentar) e arsênio (um contaminante da água potável); 
  • Consumo elevado de bebidas alcoólicas;
  • Infecções por certos microrganismos, como Helicobacter pylori, Papilomavírus humano (HPV) e os vírus da hepatite B e C.

 

Mas afinal, como podemos reduzir a mortalidade por câncer?

 A OMS prevê que 30 até 50% dos cânceres podem ser evitados. Além disso, se adotadas estratégias pautadas em prevenção, detecção precoce e tratamento adequado, poderíamos estabelecer maior controle sobre a doença.
 

Prevenção

Sobre as medidas de prevenção, podemos destacar as seguintes ações:

  • Interromper consumo de tabaco e reduzir o uso de bebidas alcoólicas;
  • Manter uma dieta saudável, com aumento de ingestão de frutas e verduras;
  • Manter uma vida livre do sedentarismo, sobrepeso e obesidade;
  • Reduzir exposição à radiações ionizantes (imagiologia diagnóstica ocupacional ou médica) e não ionizantes (UV);
  • Vacinação contra o Papilomavírus humano (HPV) para prevenção específica contra o câncer do colo do útero. Vacinação contra hepatite B para evitar chances de câncer no fígado.

 

Detecção precoce

Chamamos de “detecção precoce” as estratégias relacionadas aos diagnósticos precoce e ao rastreamento. O sucesso dessas ações frente à redução de mortalidade é atribuído a maiores chances de cura de todos os cânceres, conforme ocorre a rápida identificação.

Para detecção do câncer nos estágios iniciais, deve-se trabalhar em conscientização populacional acerca dos primeiros sinais dos diferentes tipos de câncer. A partir disso, o indivíduo deve possuir acesso à saúde, com avaliação clínica e exames diagnósticos adequados. 

Alguns tipos de câncer possuem o benefício do rastreamento comprovado, como: teste de Papanicolau para câncer do colo do útero e mamografia para câncer de mama em mulheres assintomáticas a partir dos 50 até 69 anos.

Tratamento

Para cada tipo de neoplasia maligna há protocolos específicos de tratamento, tais como cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. Essas ações também devem ser iniciadas o mais eficaz e precocemente possível.

Uma publicação do Governo do Estado de São Paulo analisou dois indicadores de qualidade em relação à assistência prestada entre 2000 e 2016. São eles:

  1. Tempo entre primeira consulta relacionada ao tumor até o diagnóstico de câncer: mediana de 14 dias. A recomendação do INCA é de até 60 dias;
  1. Tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento: mediana de 13 dias para pacientes que chegaram ao serviço sem o diagnóstico e mediana de 75 dias para pacientes que chegaram ao serviço com o diagnóstico.

O resultado do segundo grupo demonstra a difícil jornada de parte da população que passa por diversos serviços até, de fato, iniciar o tratamento. A recomendação do INCA para esse indicador é de até 30 dias.

Para análise dos dados acima, foram utilizadas informações fornecidas pelos hospitais do SUS e hospitais privados e/ou filantrópicos que tenham se voluntariado para envio das estatísticas ao Registro Hospitalar de Câncer (RHC) de São Paulo.

 

Conscientize e cuide-se!

Nesse post, você teve acesso a dados estatísticos com foco nos principais tipos de câncer, nas medidas de prevenção e, ainda, obteve informações sobre diagnóstico precoce e tempos ideais para início do tratamento.

É importante, neste momento, atentar-se para a adoção de ações que reduzam os fatores de risco. Cuide-se! E, diante de qualquer dúvida ou suspeita, busque imediatamente uma consulta com o seu médico.

Compartilhe também esse post com os familiares e amigos. Conscientize! Ajude para que cada vez mais pessoas tenham ciência sobre como podemos reduzir a mortalidade por câncer.

 

Textos de apoio
  1. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries – IARC – Acesso em 24/02/2022 https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.3322/caac.21660
  2. Câncer – Organização Panamericana de Saúde (PAHO) – Acesso em 24/02/2022                                                          https://www.paho.org/pt/topicos/cancer
  3. Incidência de câncer – INCA – Acesso em 24/02/2022 – https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer
  4. Atlas de mortalidade por Câncer – INCA – Acesso em 24/02/2022 https://www.inca.gov.br/aplicativos/atlas-de-mortalidade-por-cancer
  5. Alcool e Risco de Câncer – Oncoguia – Acesso em 24/02/2022 http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-e-alcool/2499/6/
  6. Registro Hopitalar de Câncer de São Paulo – Análise de indicadores – Acesso em 24/02/2022 http://www.fosp.saude.sp.gov.br:443/epidemiologia/docs/Dados_de_Cancer.pdf

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