Entenda melhor sobre o tabagismo e as formas de consumo do tabaco

O tabagismo é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como como a dependência da droga nicotina.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano. Mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco (tabagismo ativo), enquanto cerca de 1,2 milhão são resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo (tabagismo passivo).

Além dos impactos sobre a saúde, o tabagismo causa impacto financeiro em todo o sistema de saúde. Segundo dados de 2020 do Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (IECS), os custos relacionados aos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia chegam a cerca R$125 bilhões.

Neste artigo, vamos abordar alguns dados sobre o tabagismo, os riscos e as consequências deste hábito.

Entenda melhor sobre o tabagismo e as formas de consumo do tabaco. Conhecer essas informações é fundamental para conscientização e compreensão sobre os danos causados pelo tabagismo. Vem com a gente!

O que é tabagismo?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como a dependência da droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé.

O tabagismo integra o grupo de “transtornos mentais, comportamentais ou do neurodesenvolvimento” em razão do uso da substância psicoativa, sendo considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo. No Brasil, o número de mortes relacionadas ao tabagismo chega a aproximadamente 440 pessoas por dia.

 

Fumante ativo e/ou passivo, qual a diferença?

É considerado fumante ativo a pessoa que fuma diretamente, ou seja, aquela que traga a fumaça dos cigarros e demais produtos que levam nicotina em sua composição.

O fumante passivo inala a fumaça de derivados do tabaco de fumantes com quem convive em diferentes ambientes, respirando as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala.

Formas de consumo do tabaco:

Atualmente, existem algumas formas de utilizar-se do tabaco. O cigarro convencional, o cachimbo e o charuto são os tipos mais comum, porém nos últimos anos os Dispositivos Eletrônicos Para Fumar (DEFs) também têm sido muito utilizados para consumo do tabaco.

Os DEFs são dispositivos que vaporizam uma solução líquida que contém nicotina e outros produtos químicos. O mais conhecido deles é o cigarro eletrônico.

Estes dispositivos aquecem uma solução líquida, que contém, ou não, nicotina em diferentes concentrações, produzindo aerossol (popularmente chamado de vape) que é inalado pelo usuário.

Veja aqui outros tipos de DEFs  que têm sido utilizados:

  • Cigarros aquecidos ou produtos de tabaco aquecido: são dispositivos que produzem aerossóis, contendo nicotina e produtos químicos tóxicos, por meio do aquecimento do tabaco ou ativação de um dispositivo contendo tabaco.
  • Vaporizadores de ervas secas: aquecem o tabaco picado ou outras ervas, produzindo aerossol.
  • Produtos híbridos: possuem características de cigarros eletrônicos e de vaporizadores de ervas secas. Contêm dois reservatórios: um armazena ervas picadas e o outro, o líquido.

Um estudo realizado pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) demonstrou que o uso do cigarro eletrônico aumentou em quase três vezes e meia o risco de o indivíduo experimentar o cigarro convencional, demonstrando que o cigarro eletrônico oferece um grande risco de facilitar a iniciação do cigarro convencional, entre aqueles que nunca fumaram. Tudo isso contribuiu para a desaceleração da queda no número de fumantes no Brasil.

 

Quais são os riscos?

Como dito, o tabagismo está relacionado ao surgimento de várias comorbidades como:

  • Câncer: O tabagismo é responsável por diversos tipos de câncer, como o câncer de pulmão, boca, laringe, esôfago, bexiga, pâncreas e rins.
  • Doenças cardiovasculares: A nicotina presente no tabaco estreita os vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial e acelera a formação de placas de gordura nas artérias.
  • Doenças respiratórias: A fumaça do cigarro danifica os pulmões, reduzindo a capacidade respiratória e levando a problemas respiratórios crônicos.

Importante lembrar que estes riscos não são atribuídos somente aos fumantes ativos, mas também aos fumantes passivos já que a fumaça que sai da ponta do cigarro contém em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala. Esta exposição involuntária pode acarretar reações alérgicas em curto período ou até mesmo, levar a complicações mais significativas como as mencionadas acima em adultos expostos por longos períodos.

Outras consequências do tabagismo

  • Dependência física e psicológica: A nicotina presente no tabaco causa dependência física e psicológica, podendo causar sintomas como abstinência, irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração.
  • Impacto na saúde bucal: O tabagismo está associado a problemas dentários, como cáries, doença periodontal, mau hálito e manchas nos dentes.
  • Efeitos na saúde reprodutiva: Nas mulheres, pode levar à complicações na gravidez, parto prematuro, baixo peso ao nascer e aborto espontâneo. Nos homens, pode causar disfunção erétil e diminuição da qualidade do esperma.

 

Como parar de fumar?

Parar de fumar pode ser desafiador, mas é uma decisão importante para melhorar sua saúde e qualidade de vida.

Aqui estão algumas estratégias eficazes para ajudar você a parar de fumar:

  1. Estabeleça uma data para parar: Escolha uma data específica para parar de fumar e comprometa-se com ela. Definir um prazo pode ajudar a fortalecer sua determinação e preparar-se mentalmente.
  2. Encontre apoio: Procure o apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde. Compartilhe sua decisão de parar de fumar e peça encorajamento e suporte durante o processo. Participar de grupos de apoio ou programas de cessação tabágica também pode ser muito útil.
  3. Identifique os desencadeadores: Identifique as situações, emoções ou hábitos que costumam levá-lo a fumar. Pode ser o estresse, o café pela manhã ou uma pausa no trabalho. Ao reconhecer esses desencadeadores, você poderá desenvolver estratégias para evitá-los ou lidar com eles de maneira saudável.
  4. Faça alterações no estilo de vida: Faça mudanças positivas em seu estilo de vida que o ajudem a abandonar o hábito de fumar. Exercite-se regularmente para liberar endorfinas e reduzir os desejos, evite locais onde o tabaco é permitido, beba bastante água para ajudar na desintoxicação e mantenha uma alimentação equilibrada.
  5. Utilize terapias de substituição de nicotina: Considere o uso de terapias de reposição de nicotina, como adesivos, gomas de mascar ou pastilhas. Essas opções ajudam a controlar os sintomas de abstinência, fornecendo ao organismo uma quantidade controlada de nicotina sem os outros produtos químicos prejudiciais encontrados nos cigarros.
  6. Busque ajuda profissional: Consulte um médico ou especialista em cessação tabágica. Eles podem orientá-lo sobre os medicamentos disponíveis para ajudar a parar de fumar e fornecer suporte personalizado durante o processo.
  7. Encontre outros focos: Busque praticar atividades que ocupem sua mente e suas mãos, distraiam você dos desejos de fumar e ajudem a reduzir o estresse. Pratique hobbies, faça exercícios, leia livros ou envolva-se em projetos que o mantenham ocupado e motivado.

Lembre-se dos benefícios

Ao parar de fumar, os benefícios à saúde são quase imediatos. Veja aqui alguns exemplos:

  • Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
  • Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.
  • Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
  • Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.
  • Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degustam melhor a comida.
  • Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
  • Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.
  • Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

Importante reforçar que cada pessoa é única, e pode ser necessário experimentar diferentes abordagens até encontrar a estratégia que melhor se adapta a você. O importante é não desistir e persistir em seu objetivo de parar de fumar.

Escolha sua saúde: diga não ao tabaco

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Saiba mais em:

INCA Instituto Nacional de Câncer Pare de fumar, recupere seu fôlego. Disponível em: https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2022/pare-de-fumar-recupere-seu-folego. Acesso em 23/05.

MISNTÉRIO DA SAÚDE – Tabagismo: https://bvsms.saude.gov.br/tabagismo-13/. Acesso em 23/05.

INCA Instituto Nacional de Câncer – Cigarro eletrônico é porta de entrada para o tabagismo, mostra pesquisa do INCA. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2021/cigarro-eletronico-e-porta-de-entrada-para-o-tabagismo-mostra-pesquisa-do-inca. Acesso em 23/05.

INCA Instituto Nacional de Câncer – Tabagismo. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/causas-e-prevencao-do-cancer/tabagismo. Acesso em 23/05.

OPAS Organização Panamericana de Saúde. Tabaco. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/tabaco#:~:text=O%20tabaco%20mata%20mais%20de,de%20baixa%20e%20m%C3%A9dia%20renda. Acesso em 23/05.

INSTITUTO DE EFETIVIDADE CLÍNICA E SANITÁRIA. A importância de aumentar os impostos do tabaco no Brasil. PALACIOS, A.; PINTO, M.; BARROS, L.; BARDACH, A.; CASARINI, A.; RODRÍGUEZ CAIROLI, F.; ESPINOLA, N.; BALAN, D.; PERELLI, L.; COMOLLI, M.; AUGUSTOVSKI, F.; ALCARAZ, A.; PICHON-RIVIERE, A. Dez. 2020, Buenos Aires, Argentina. Disponível em: www.iecs.org.ar/tabaco. Acesso em 05/2023

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